Na verdade, ainda não conhecemos o verdadeiro sentido da vida. Corremos desenfreadamente por algo que tem fim. Ficamos indignados com a vitória da cruz. Trocamos o terno amor do pai por momentos fulgazes.
Páscoa é passagem… Mas qual será o significado dessa passagem? A dúvida nasce quando não há ação. Quando essa Páscoa não penetra as nossas entranhas como o ar que nos faz viver. Alguns de nós pensam na escravidão do Egito e celebram a liberdade do Povo Hebreu. Outros ainda temem o deserto e preferem permanecer longe, a observar. Será que em nossa vida estamos sabendo passar da escravidão à liberdade da vida?
Páscoa é tomarmos parte da Vida Nova que o Cristo nos legou. As trevas dão origem à luz. A noite permite que o dia nasça. A brisa vem e acalma a tempestade. O trovão ilumina o céu.
No silêncio profundo do túmulo vazio, o perfume intenso da Sua ressurreição traz o alento forte da esperança. A robusteza da fé é o raiar do dia que inunda a nossa vida com o Sol forte da primavera. O amor profundo a cada ser humano, a cada criatura, nasce nos gestos de paz partilhada.
Vamos como Maria Madalena ao encontro do Senhor para Lhe ungir o corpo. Vamos como Pedro e João a correr para ver o que não pode ser visto… Mas vamos!
Permanecer parado não é atitude do cristão. O batizado leva Jesus ressuscitado no peito e semeia a sua vida pelos quatro cantos da Terra. Estamos nesse tempo Pascal. Toma parte da vida que te habita!