Padroeiros
Nossa Senhora Auxiliadora é a Padroeira da Paróquia, fundada em 1967. No entanto, como desde 1960 já existia no local o Instituto Dom Bosco, sob a direção dos padres salesianos, ficou também popularmente conhecida como “Paróquia Dom Bosco”.
Nossa Senhora Auxiliadora
Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate. A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação “Auxiliadora dos Cristãos”.
A festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês o sequestrou, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto.
O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral.
Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice. Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.
O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana, porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades. No ano de São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos. Foi com Dom Bosco e sua família religiosa, os salesianos, que a invocação de Maria com o título de Auxiliadora teve um impulso enorme e ganhou ampla popularidade.
João Melquior Bosco
Nasceu no lugarejo de Becchi, no município de Castelnuovo D’Asti, na Itália, em 16 de Agosto de 1815. Filho caçula, muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, perdendo o pai, Francisco Bosco, tendo apenas 2 anos de idade. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento. Felizmente, cresceu diante do testemunho de sua mãe, Margarida Occhiena, um grande exemplo de bondade, ternura e solicitude, mulher de oração e discernimento.
Desde cedo, ele teve sonhos proféticos que só se realizaram ao longo dos anos. Aos 9 anos de idade teve o primeiro, no qual foi lhe mostrada sua vocação de trabalhar com a juventude abandonada e fundar uma sociedade religiosa para dela cuidar. Dotado de discernimento, Dom Bosco quis ser sacerdote. Sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.
Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Aos 26 anos de idade ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Foi um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido e perseguido, chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo. Sensível, se fez tudo para todos. Era voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano.
Dom Bosco foi ao encontro dos jovens pobres, marginalizados e excluídos, que não tinham onde viver, que necessitavam de evangelização e acolhimento. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Razão, religião e bondade formaram o tripé da sua pedagogia. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Pai e mestre para os jovens, recebeu o título de “Patrono da Juventude”, junto com São Luiz de Gonzaga, e também de “Apóstolo da Juventude”.
Escritor, educador, pregador, criador dos oratórios, fundou a congregação religiosa Salesiana (masculina e feminina), dedicada à proteção de São Francisco de Sales. São João Bosco foi modelo para seus jovens e, inclusive, aqueles que não o compreendiam e o perseguiam. Por sua vez, também soube observar tantos outros exemplos. Dom Bosco era um homem orante, de um trabalho santificado. Em tudo viveu a inspiração de Deus. Foi um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas continua conosco no seu testemunho e na sua intercessão. Seu corpo permanece intacto desde sua morte, na Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim, na Itália. Foi canonizado no dia 1º de Abril de 1934.
Algumas expressões de Dom Bosco:
“O Senhor colocou-nos no mundo para os outros.”
“Basta ser jovens para que eu vos ame!”
“A mente ociosa é oficina do diabo.”
“Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas.”
“Quando um jovem deixa sua casa para tornar-se sacerdote, Jesus Cristo ocupa seu lugar na família.”
“Os pobres e abandonados não têm outro patrimônio senão o vosso bom coração. Dai muito aos pobres se quereis ser realmente ricos.”
“Quereis que o Senhor vos dê graças? Visitai-O muitas vezes no sacrário. Quereis que Ele vos dê poucas graças? Visitai-O raramente. Quereis ser vencidos pelo demônio? Deixai de visitar Jesus Sacramentado.”
“Quem gosta de dar alegria aos outros, consegue que os outros façam o que lhe dá alegria.”
“Que sua língua não fale enquanto tiver o coração agitado. Em determinados momentos muito graves, vale mais uma recomendação a Deus, um ato de humildade perante Ele, do que uma tempestade de palavras que só fazem mal a quem as ouve e não tem proveito algum para quem as merece.”
“Trabalhemos como se tudo dependesse de nós. Confiemos como se tudo dependesse de Deus.”
“Se queremos saber mandar, temos primeiro saber obedecer, procurando impor mais com amor do que com o temor.”
“Se não cuidares dos jovens, um dia eles virão exigir os vossos bens com uma faca em vossa garganta.”
“Ele (Jesus Cristo) será sempre o vosso mestre, o vosso guia, o vosso modelo.”
“Esse jovem que se perverte em vossas ruas começará por vos pedir uma esmola, depois a exigirá, por fim a roubará de revólver em punho. É necessário educar os jovens para que sejam úteis à sociedade, jovens que espalhem bons princípios, que não acabem povoando as prisões e as masmorras, mas sejam, pelo contrário, exemplos vivos de princípios salutares!”